A Semântica da Pétala

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Descrição

O inspirado, belo título “A semântica da pétala” reflete a suavidade, a ternura com que este livro, o sexto de Ricardo Almeida, foi escrito. Autor eclético, passeia com igual desenvoltura por diversos gêneros da literatura; da poesia ao conto, da crônica ao roteiro de cinema. Além disso, este engenheiro civil é também prolífico cantor e compositor. “A semântica da pétala” reúne crônicas, muitas delas com como-vido teor autobiográfico. Inclui o Elogio tecido ao patrono da cadeira n° 3, o parnasiano poeta santanense Antônio Eliezer Leal de Souza, lido na ocasião em que Ricardo ingressou na Academia Santanense de Letras. Já em “Atril – Um Caminho” e em “Conjecturas”, realiza uma experiência diversa daquela caracterizada por seus textos anteriores. Nela, dá a ver um conjunto de reflexões breves e de sentenças no mais das vezes aforismáticas, cujo conteúdo revela um pensa-mento telúrico e humanitário. Seja como for, o leitor divisa clara-mente, no todo destes textos, tanto a dicção de um poeta a serviço da prosa quanto uma descrição de mundo indissociada da visão poética. Exemplo cabal encerra a crônica “Trabalhadores da minha rua”, que remonta à sua infância e descreve, com um claro resgate afetivo, o quanto ainda o passado vive em quem o recorda. Diz Ricardo Almeida: “Mas se permanecer no pensa-mento é continuar a existir, aqueles movimentos de outrora continuam muito presentes na memória de quem lhes foi personagem em alguma etapa da vida e da história”. E quem poderia negar que o mundo idealizado pelo poeta existe nas suas palavras para retornar como amálgama da sua própria realidade? Sim, há aqui um círculo fechado em que a identi-dade do autor é reforçada pela forma como ele se descreve no mundo. Ao construir-se através das palavras, pretende retribuir com seus escritos o muito que a vida lhe concede. Essa, a sua filantropia.

Thomaz Albornoz Neves