Do oleiro, em A caverna, a realidades da cerâmica artística brasileira

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Descrição

Este trabalho de Márcia Morales Sales trata da constituição da identidade do artesão oleiro a partir da sua representação literária no livro A caverna (SARAMAGO, 2000) e da presença de artesãos do barro em determinados lugares de produção, exposição, divulgação e comercialização de objetos artesanais em cerâmica no Brasil.
Ao examinar as expressões identitárias de que trata Stuart Hall (2006), verifica-se que o ofício artesanal se equipara ao intelectual, discussão essa que Richard Sennett (2009), também propõe em seus estudos que partem da Enciclopédia de Diderot, examinados a partir do contexto das guildas medievais, ao do artífice empreendedor contemporâneo.
Examina-se a gênese da criação do personagem Cipriano Algor, relacionada à exposição permanente de arte popular no Museu Casa do Pontal (RJ) e à produção de cerâmica figurativa em Alto do Moura-Caruaru (PE), considerando a visita do autor ao museu e a experiência aurática entre autor-espectador e a obra de arte popular intitulada “Bom dia”, de Mestre Zé Caboclo, antes da publicação do romance.
Antonio Candido, Stuart Hall, Richard Sennett e Walter Benjamin oferecem suporte teórico para esta análise literária, em sua interface com estudos culturais e estudos da linguagem. Demonstra-se a valorização do artesão, do artesanato e do lugar em que se encontram os objetos artesanais no Brasil, a partir da análise da obra do escritor português contemporâneo José Saramago (1922-2010).