A impermanência da Escrita

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Descrição

Há décadas José Couto vem gestando-se – hermafrodita, no leito branco do papel e na pele alva da alma –, preparando-se para a estreia de A impermanência da Escrita. Algo que, para ele é, sim, permanente, duradouro.
Esconde-se numa carapaça de aparente transitoriedade do ser, socorrendo-se de Octavio Paz para confessar: Sou homem: duro pouco / E é enorme a noite. No fundo, é na impermanência humana que conquista a permanência de seu verso. Pois é através da arte – neste caso, da poesia – que o homem alcança o milagre do toque na face de Deus. Senão vejamos:
Comecei a
desenxergar-me.
Face ao espelho
vislumbro o tempo
já desfocado
de mim.
Ou então:
Em mim tudo foi inventado.
O primitivo e o moderno.
Sou sem nexo,
inexorável.
O homem não me vence,
tampouco eu a ele.

Os 21 poemas aqui apresentados são degraus de uma única escada, os quais se multiplicam ao infinito, ligando letra a letra, palavra a palavra, poema a poema, até que a infinitude se faça e acolha multidões sob o perigo da desleitura. Pois o livro lido é o saber adquirido, muito mais para as próximas gerações do que para essa, quase perdida.
A cada verso deste Impermanência nos assalta alguma verdade aterradora. Que elogio maior se poderia oferecer a uma obra?
Rossyr Berny – Editor