Touros, homens e ossos

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Descrição

Como alguém já definiu, o conto é a arte das três unidades: unidade de assunto, unidade de pessoa, unidade de tempo. Daí sua simplicidade. Daí seu desafio para quem se atreve a trabalhá-lo. A simplicidade, entenda-se, não é mais do que aparência, porquanto na verdade as exigências que ele apresenta para garantir um bom resultado não são pequenas e, muito menos, singelas. Um conto sustenta-se da novidade que provoca no leitor (ouvinte) aquele gosto de algo ainda não provado, de algo desco-nhecido, mas que o satisfaz e o predispõe a ampliar e aprofundar a prova, para certificar-se de que não foi iludido, de que não foi enganado, talvez por estar distraído.
Paulo Silveira, neste Touro, homens e ossos e outros contos abusados que o leitor tem em mãos consegue as proezas que se exigem de um bom contista: seus textos têm unidade de assunto, de pessoa e de tempo, mesmo quando o leitor se defronta com personagens que aparecem em narrativas diferentes, notando facilmente que o assunto é diverso, como diverso é o tempo.
No decorrer das narrativas o narrador vai descortinando facetas de figuras cuja sensação que nos transmite é de tê-las visto em algum momento de nossas vidas. Um grande ganho para a qualidade do livro.

José Édil Alves
Ensaísta e Crítico Literário